sábado, 8 de fevereiro de 2014

COMO SERÁ MESMO NOTICIADO? MENSALÃO TUCANO OU MINEIRO? FAÇAM SUAS APOSTAS.



- O quê? Tucano envolvido em corrupção?
- Mas essa história de corrupção não é exclusiva do PT? 
- Pois eu jurava que a corrupção começou no Brasil com essa história de PT no governo.
Em algum lugar do Brasil pessoas importantes estão reunidas, talvez não e-xa-ta-men-te neste momento para discutir o estrago previsível quando o STF se debruçar sobre a peça produzida pelo Procurador Geral Rodrigo Janot na Ação Penal nº 536-MG. 
Sim, aquela que propõe 22 anos de prisão para o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo, do PSDB, além de multa de R$ 2.317.560,00, em valores atuais.
O primeiro - mas não menos importante - ponto da pauta é simples. E você pode até tentar contribuir. Como designar jornalisticamente o processo. Até aqui vem sendo chamado de "mensalão mineiro". Seria uma forma de não remeter a opinião pública imediatamente à ideia de que há gente envolvida do PSDB, o que seria natural esperar caso ficasse conhecido como "mensalão tucano". Mas virou contra o feiticeiro o "feitiço" de forçar que esse processo só fosse apreciado (se viesse a sê-lo) após a AP 470, aquele que a mídia popularizou como "mensalão petista". 
Pois não é que o "mineiro" está chegando ao plenário do STF justamente no período que antecede as eleições? Daí, "mineiro" não pega muito bem. Com um candidato no PSDB identificado como mineiro (embora haja quem se valha de fundadas razões para considerá-lo mais carioca que mineiro), a associação seria imediata. E daí? "Mensalão tucano" ou "mensalão mineiro"? Façam suas apostas
Pra mim, ficará conhecido, de uma forma bem comportada, como Ação Penal nº 536. Sem o MG no final, que pode se revelar perigoso.
Ainda de minha parte, já vou me sentir no lucro se o julgamento render algumas materinhas nos jornais, no rádio e na TV. Não! Ninguém espere aquela cobertura hollywoodiana, holofotes, cores, transmissões diretas, referências em programas não jornalísticos ou mesa redonda no Jô. Já seria esperar demais. Façam as materinhas e deixem o resto com o povo. Ele vai entender direitinho.
Por enquanto, é só dar uma lida no texto abaixo, que será levado ao Pleno do Supremo. Colhi-o no blog O Cafezinho, em matéria de Miguel do Rosário (http://www.ocafezinho.com/2014/02/08/provas-do-mensalao-tucano-esclarecem-pontos-obscuros-da-acao-penal-470/). 
Recomendado especialmente para estudantes de direito e pra todo mundo. Desde que se esteja preparado para emoções fortes.
Fernando Tolentino
   
http://image.slidesharecdn.com/205656232-acao-penal-536-mensalao-tucano-140208151555-phpapp02/95/slide-1-1024.jpg?cb=1391894260

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

PETISTA ENTENDE DE COMPROMISSO E SOLIDARIEDADE, NÃO DE LAVANDERIA



Chegado aos 30 anos, Lindolfo é um militante do Partido dos Trabalhadores. Um humilde militante de uma dessas áreas incorporadas irregularmente às cidades satélites de Brasília. Alguém ocupou, loteou e vendeu os terrenos para pessoas carentes como o pai de Lindolfo. O governo fingiu que não viu.
Companheiros de militância de Lindolfo, vizinhos e amigos de bar e pelada de Lindolfo até hoje lembram um momento glorioso de Lindolfo, já distante 12 anos. Rapaz troncudo, alto, esperto, militante aplicado, presente em tudo quanto era atividade do Partido, foi convocado para uma tarefa diferente. Lula viria para um comício em sua cidade. A disputa com José Serra, do PSDB, estava apertadíssima, mas o PT via chance concreta de ganhar, enfim, a eleição para presidente da República.
Lindolfo estaria no grupo encarregado da segurança de Lula. Os líderes do PT temiam até um atentado. Foi recomendada máxima discrição aos seis militantes, que deveriam estar perto de Lula e atentos a cada gesto de quem se aproximasse. O trabalho seria ainda mais difícil porque, para Lula, o contato com seus eleitores era fundamental.
Tudo perfeito. O carro com Lula e Magela, candidato a governador, chegou de surpresa, eles desceram rapidamente e o grupo de segurança ocupou lugar estratégica perto dos dois. Na volta, também não houve dificuldade para conter a pressão e o entusiasmo das pessoas.
O primeiro contato de Lindolfo com a política fora aos 10 anos, levado pelo pai para agitar bandeiras vermelhas do PT em horários de trânsito intenso da sua cidade. Para cumprir a tarefa, o pai atrasava a chegada à obra que empreitara ali perto. Avisara à dona da casa que a agitação era importante para a virada contra Fernando Henrique. Quando a virada não veio, Lindolfo viu o pai chorar. Explicou: via frustrada a segunda chance de o Brasil ter um presidente operário como seu pai.
Quatro anos depois, nova disputa com Fernando Henrique e Lindolfo já conhecia vários militantes. Participou de todas as atividades de sua cidade, sempre com a camiseta da campanha que o pai lhe dera. Chegou a apertar a mão de Arlete, além de vários candidatos a deputado e esteve no comício de Lula. A vibração durante os discursos de Lula contagiava Lindolfo. Era um banho de esperança.
Pois agora Lula seria o presidente do Brasil, o primeiro saído da classe operária, como queria seu pai. Foi à Esplanada e viu Lula seguindo para a posse. Mal podia crer. Desta vez, foi ele que chorou. Como via chorar tanta gente perto dele e sabia que faziam milhões de brasileiros.
Seus amigos vibravam junto com ele. Tratavam Lindolfo como se fosse quase um amigo de Lula, perguntavam repetidamente sobre o dia em que estiveram juntos, se haviam conversado, como era ele de perto. Lindolfo dizia que fora rápido, não podia vacilar, mas era tanta a empolgação dos amigos que não assumia sequer ter apertado a mão de Lula. Na verdade, ao entrar no carro, viu ele acenar para os militantes e agradecer: “Muito bom, companheiros”.
Aquela eleição de Lula tinha sido muito discutida no Partido. Havia quem questionasse a aliança com partidos conservadores, um empresário como vice, os acordos que teriam sido feitos. Não faltavam suspeitas de que não seria um governo realmente do PT. Do outro lado, ponderava-se ser preciso ter perspectiva concreta de vitória. Lideranças do PT – entre elas José Dirceu e José Genoíno – defendiam ser necessária uma aliança mais ampla para enfrentar a difícil situação deixada por Fernando Henrique. Garantiam que fora vasculhada a história de José de Alencar e suas empresas, nada se encontrando que o desabonasse.
Esse debate continuou após a posse, intensificada a pressão no Partido para Lula radicalizar as suas primeiras medidas. Participou de várias reuniões em que o tema foi exaustivamente tratado. Ficou impressionado com a capacidade de argumentação de Genoíno em um desses encontros. Tanto durante sua exposição como diante dos questionamentos após o final. Era um homem de conversa fácil.
Lindolfo chorou pela segunda vez quando estourou a notícia do chamado mensalão. Via petistas revoltados esse envergonhava com aquilo. Outro debate com Genoíno e saiu com a certeza de que o PT cedera aos instrumentos comuns aos demais partidos, que seria única alternativa para um enfrentamento em pé de igualdade.
Ao ver a condenação dos companheiros, serem desqualificados como corruptos, depois acompanhar a prisão deles, Lindolfo não se conformou. Curso de vigilante concluído há pouco tempo, ainda na expectativa de um emprego, Lindolfo revoltou-se ao ver as multas enormes aplicadas pela Justiça. Como Genoíno pagaria aquilo? De onde tiraria o dinheiro? E Delúbio? Nem mesmo Zé Dirceu ou João Paulo. Lindolfo não tinha muito para ajudar, mas não ficaria de fora. Foi a uma agência da Caixa e depositou vinte reais para Genoíno. Isso daria para fazer com todos.
O ministro Gilmar Mendes não entende de Lindolfo. A grande mídia brasileira não conhece Lindolfo. Nada sabem de militantes do PT. Dos novos, que se empolgaram com o PT dirigindo três governos e provocando mudanças concretas na sociedade. Dos que se engajaram, como Lindolfo, nas várias campanhas de Lula. Dos que trazem uma história pessoal de resistência à ditadura, de luta pela construção do socialismo ou por conquistas sociais para os trabalhadores e marginalizados.
Ao contrário do que tentam passar para a sociedade, como uma manobra que cheira a desespero pré-eleitoral, militante do PT não entende de lavanderia. Disso entendem não poucos empresários e outros endinheirados que têm se beneficiado com a omissão ou a ação do Judiciário, inclusive o STF.
Essa gente não faz a menor ideia do que seja militância. Eu contribuí, como milhares de lindolfos, e vou continuar contribuindo para o pagamento das multas de Zé Dirceu e João Paulo. Junto com os petistas, centenas de brasileiros comprometidos com o futuro do País. Eu contribuo por entender que os companheiros não são criminosos, não são corruptos e estão sendo condenados por suas lutas. E, mais, pelo sucesso de suas lutas. Por permitirem que o Brasil tivesse três governos de real transformação social, de inclusão de milhões de brasileiros. Por ajudarem a abrir as portas para outros governos com idênticos compromissos.
Eles já fizeram muito pelo Brasil. A multa é por nossa conta.
Publico os meus comprovantes e publicarei os dos depósitos que virão por aí.

Fernando Tolentino
(O personagem Lindolfo é o retrato de centenas de militantes do PT – ou somente de brasileiros satisfeitos com o caminho aberto desde a chegada de Lula ao governo, em 2003)


2ª Via - Comprovante de transferência entre contas da CAIXA - TEV

Via Internet Banking CAIXA
Emitente:
FERNANDO TOLENTINO S VIEIRA
Conta origem:
2733 / 001 / 00001313-6
Conta destino:
0269 / 013 / 00022277-7

Nome destinatário:
JOSE GENOINO NETO
Quantidade de vezes:

Valor:
R$ 300,32
Identificação da operação:
CONTRIBUICAO PARA MULTA

Data de débito:
09/01/2014
Data/hora da operação:
09/01/2014

Código da operação:
00250259
Chave de segurança:
AVU04AGLGQAGA8CJ
"Quando a data de débito coincidir com dia não útil e/ou com o último dia útil do ano, a transferência será feita no primeiro dia útil subsequente."

Operação realizada com sucesso conforme as informações fornecidas pelo cliente.


SAC CAIXA: 0800 726 0101
Pessoas com deficiência auditiva: 0800 726 2492
Ouvidoria: 0800 725 7474
Help Desk CAIXA: 0800 726 0104

2ª Via - Comprovante de transferência entre contas da CAIXA - TEV
Via Internet Banking CAIXA

Emitente:
FERNANDO TOLENTINO S VIEIRA
Conta origem:
2733 / 001 / 00001313-6
Conta destino:
4072 / 013 / 00027518-8

Nome destinatário:
DELUBIO SOARES DE CASTRO
Quantidade de vezes:

Valor:
R$ 300,00
Identificação da operação:
FERNANDO TOLENTINO DE SOU

Data de débito:
24/01/2014
Data/hora da operação:
24/01/2014

Código da operação:
00160577
Chave de segurança:
E8X12JH065MZE2Y1
"Quando a data de débito coincidir com dia não útil e/ou com o último dia útil do ano, a transferência será feita no primeiro dia útil subsequente."

Operação realizada com sucesso conforme as informações fornecidas pelo cliente.


SAC CAIXA: 0800 726 0101
Pessoas com deficiência auditiva: 0800 726 2492
Ouvidoria: 0800 725 7474
Help Desk CAIXA: 0800 726 0104