Bemvindo Sequeira
Em "O Nome da
Rosa" vimos como a Igreja Católica escondeu durante séculos o tratado de
Aristóteles sobre o riso. Não se podia rir, pois se alguém risse poderia também
rir de Deus, o que seria uma blasfêmia.
Gosto muito de Nieztsche
quando diz só acreditar num Deus que dance, e mais ainda de Osho ao dizer só
crer num Deus que ria.
Em 1972 no auge do
ufanismo da Ditadura havia um slogan: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
Ziraldo demoliu a campanha com uma frase maravilhosa: "O último a sair apaga a luz do Aeroporto."
Ziraldo demoliu a campanha com uma frase maravilhosa: "O último a sair apaga a luz do Aeroporto."
As piadas e os chistes
sempre serviram na luta contra a colonização portuguesa e mais tarde contra os
ingleses e norte-americanos na sua ânsia de dominação e neocolonização.
Nas Ditaduras os Ditadores são ridicularizados pelo humor dos oposicionistas.
Nas Ditaduras os Ditadores são ridicularizados pelo humor dos oposicionistas.
A frase debochada, a
piada, o chiste bem aplicado não tem resposta, sua função é exatamente esta:
demolir o rígido, desestabilizar o farsante que se pretenda sério.
Há os comentaristas que
escrevem muito e de forma profunda sobre as questçoes políticas, mas há os que
com uma imagem u com uma palavra derrubam palanques.
Nesta sórdida campanha
que já se anuncia devemos ter muito humor. O humor, o deboche, a gargalhada
explode na cara do hipócrita. Arranca as máscaras, desnuda os reis.
A julgar pelos termos
usados na pré campanha, a julgar até pela deselegância inicial de Eduardo
Campos contra Dilma, é para afirmar e crer que a campanha será a de mais baixo
nível até hoje no País.
O desespero de quem está
fora das maracutaias federais há doze anos e com perspectiva de ficar mais
doze é gigantesco. São capazes das maiores baixarias.
Contra isso, contra
azia e a má digestão dos coxinhas, melhor que sal de frutas, são os
frutos do humor.
Que cada um faça a sua
parte na linguagem que melhor comunica.
Publicado originalmente em Blog do Bemvindo em 6
de junho de 2014
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