Alguém tem dúvida sobre
a importância da eleição de amanhã para o povo brasileiro?
É só prestar atenção ao
que dizem a direita, os maiores empresários, os banqueiros, os representantes
do agronegócio, a grande mídia. É só prestar atenção à importância dela para os
Estados Unidos, os grandes capitalistas e especuladores internacionais. Eles
dizem abertamente que é a eleição mais importante da História do Brasil.
Tão importante que não
apostam em um só candidato a presidente. Investem em Aécio e Marina para
garantirem pelo menos o segundo turno e ganharem tempo para tentarem afastar o
povo de Dilma. Viram frustrados todos os golpes da campanha de primeiro turno e
querem uma oportunidade para tentarem outros.
Ela é importante para eles
porque significa a chance, talvez a última, de interromper a sequência de
projetos populares, de inclusão das grandes massas da população, que Lula
iniciou em 2003 e Dilma manteve em nosso atual governo.
É importante também
porque sentem que o novo governo de Dilma vai representar o aprofundamento dessa
política. E porque sabem que esse novo governo servirá para a consolidação das
bases para uma democracia popular duradoura, especialmente com a reforma política
e a regulamentação dos meios de comunicação, mudanças que lhes causa
verdadeiros arrepios.
Por tudo isso, fazem e
farão de tudo para que não prossiga o processo de mudanças que já se impõe há
12 anos. É também por isso que surgem loucos falando até em não respeitarem os
resultados das urnas.
Nós sabemos que nossa
maior garantia está em liquidar essa fatura no primeiro turno. Se nos faltarem
alguns votos para isso, iremos para o turno final com a mesma garra.
Mas não podemos
esquecer que Dilma terá maior facilidade para fazer valer a vontade do povo se
não precisar enfrentar quatro anos de chantagem diante de um Congresso Nacional
conservador, vinculado aos piores segmentos do poder econômico, aqueles que
financiam as campanhas dos candidatos para os manterem na coleira durante os
seus mandatos.
É indispensável Dilma
ter uma base confiável, com um forte núcleo essencialmente comprometido com as
suas propostas. E ter condições de negociar as mudanças com bancadas sensíveis
à continuidade de seu projeto. Para isso, é preciso fugir da lógica de um
legislativo formado por bancada ruralista, bancada da bola, desse ou daquele
banco, dessa ou daquela empreiteira, da indústria de fumo, dos planos de saúde,
das escolas privadas, dos hospitais e por aí vai.
Já tenho os meus
candidatos. Usei o método mais simples. Vou votar em candidatos do PT. Nós podemos
apostar que os candidatos a senadores e deputados do PT e do PCdoB terão fidelidade
aos compromissos de campanha e à proposta mudancista e popular do governo
Dilma.
Escolhi os meus: Érika
Kokay (1331) para deputada federal e Daniel Seidel (13113) para deputado distrital.
Além, naturalmente, de Magela (133) para senador.
Se quiser ter
tranquilidade na sua escolha, é só ver se são candidatos do PT e do PCdoB. Com
o cuidado de avaliar se o voto não ajudará na eleição de algum candidato de
partido coligado que não tenha os mesmos compromissos (para entender melhor
isso, ler o artigo CHEGA DE SER USADO PELOS “DONOS” DA POLÍTICA, publicado
abaixo). Para os menos envolvidos com política, o número dos candidatos do PT sempre
começa por 13. Os do PCdoB, por 65.
Caso tenha preferência
por algum candidato de partido coligado, é importante cobrar os seguintes
compromissos: os votos favoráveis à regulamentação da mídia e à reforma
política (com financiamento público de campanha), apoio ao governo Dilma e aos
de governadores que estão na sua base política.
Na política brasileira,
sabemos a importância dos governadores para cumprirem programas modernizadores
e de inclusão social em seus estados, mas também para estimular o apoio dos
políticos de seus estados nas votações importantes para o País. Por isso, é
indispensável votar nos candidatos identificados com as propostas de Dilma. Já
temos a expectativa de elegermos muitos deles, mas podemos garantir as eleições
de outros.
Em todas as regiões do
Brasil temos nomes viáveis e confiáveis para votar. Como Rui Costa (Bahia), Camilo
(Ceará), Wellington Dias (Piauí), Tarso Genro (Rio Grande do Sul), Gleisi
(Paraná), Vignatti (Santa Catarina), Gomide (Goiás), Delcídio (Mato Grosso do
Sul), Lúdio Cabral (Mato Grosso), além de nomes do PT, do PCdoB ou outros
partidos coligados nos demais estados.
Embora todos sejam
fundamentais, há alguns casos que podem contribuir ainda mais para o projeto da
maioria dos brasileiros. E outros, pela importância estratégica de seus estados,
especialmente o tamanho de suas bancadas no Congresso Nacional, mas também pela
significação da derrota para as forças conservadoras. Por tudo isso, a vitória
dos setores populares será muito maior se conseguirmos eleger Linberg (Rio de
Janeiro), Pimentel (Minas Gerais) e Padilha (São Paulo). Além de Agnelo
(Distrito Federal), porque é importante Dilma ter um parceiro justamente onde
tem a sede de seu governo.
Fernando Tolentino
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