Festa
da vitória de Edvaldo Nogueira e Eliane Aquino em Aracaju
“O jogo acabou. Ganhamos!”
Qualquer torcedor de
futebol já ouviu um parceiro de time alegar, ainda mais quando fala do seu
principal rival, que prefere ganhar com um “gol de mão”, um pênalti
inexistente, gol marcado quando o jogo já devia ter acabado.
A vitória justa, como vimos
em duelos medievais que deram emoção a tantos filmes épicos, não tem o mesmo
sabor para esse tipo de torcedor.
Na nossa sociedade, as
eleições nada têm de regras como as daqueles duelos.
Afinal, essas regras
são definidas por quem vai participar da disputa.
Mais especificamente, os
economicamente poderosos estabelecem como serão as eleições. Alguém duvida que
a intenção seja garantir a vitória para eles?
Ou seja, as regras das
eleições são feitas para enganarem vocês.
Quer ver?
Você conhece alguém, do
seu círculo de amigos, que entenda perfeitamente como se dão as eleições para
vereadores, deputados estaduais e federais?
A tese é que o
Legislativo será dividido entre os partidos na mesma proporção dos votos que
tenham obtido nas eleições.
Ou seja, esqueça o nome
dos candidatos. A eleição é proporcional. São os partidos que elegem.
Mas é isso o que os
candidatos dizem pra você?
Pois saiba que todos os
candidatos de um partido terão os seus votos somados e o resultado vai definir
quando serão os eleitos desse partido. Pra complicar mais ainda a cabeça do
eleitor, todos os partidos da coligação valem como um só partido.
Em tese, por exemplo, esse
partido terá 30% da Câmara se as votações dos seus candidatos (somadas) forem
iguais a 30% de todos os votos. Daí, o partido (ou coligação) terá direito a
30% das vagas da Câmara de Vereadores, da Assembleia Legislativa ou da Câmara
dos Deputados, conforme o caso.
Quem serão os eleitos?
Os mais votados da legenda (partido ou coligação) até alcançar aqueles 30% das
vagas.
É por isso que o
candidato faz uma guerra tão grande contra os do mesmo partido. Ele precisa
ficar na frente dos demais.
Eu disse “em tese”
porque é um pouco mais complicado.
Se a cabeça esquentou,
descanse um pouco. Leia o resto daqui a pouco.
VAMOS LÁ
A proporção pode ser
20%, 45%, 60%. Mas o partido pode não eleger ninguém. A soma dos votos dos seus
candidatos tem que ser maior que a divisão do número total dos votos dos
eleitores pelo número de vagas que são disputadas. Assim: Se votaram 80.000
eleitores e são 8 vagas, o partido tem que somar pelo menos 10.000.
Portanto, haverá sempre
sobra dos votos daqueles partidos que não elegeram ninguém. Sobra de vagas também.
Elas são divididas pelos que fizeram aquele mínimo. Os 10.000 no nosso exemplo.
Por isso, tirando prefeito,
governador e presidente, é dificílimo você ver a indicação do partido na
propaganda do candidato. Se tiver, ele é dos chamados partidos de esquerda,
como PT, PCdoB, PSOL, PCO etc.
Além de ser mais fácil o
candidato enganar você, dizendo que é do partido que você mais gosta (ou que
não é do que você não gosta), ele quer esconder de você se tem pouca chance de
se eleger. Afinal, se você conhecer os candidatos do partido dele, já imagina quais
vão ter mais votos. Os que provavelmente vão ganhar. Só entram os mais votados,
lembra?
NOVAS REGRAS PARA
MENOS DEBATE
Nesta eleição, a Câmara
de Eduardo Cunha e o Senado de Renan mudaram as regras. Não foi para ajudar os
adversários, você não acha?
Conseguiram complicar
um pouco mais para vereadores. Não se contou a votação de candidato com menos
de 10% do total obtido por seu partido.
Além disso, tiraram os
vereadores do horário eleitoral. Ficaram apenas com inserções ao longo do dia.
Difícil coincidir com o horário em que você estava ligado, não é? Pior, você
ficou sem chance de comparar, pois cada um aparecia em horário diferente.
O horário eleitoral
ficou só para candidatos a prefeitos.
Antes, eram 45 dias;
foi reduzido para 35 dias. Eram 30 minutos e agora foram somente 10 minutos.
O que isso significa? Se
um partido ou os seus candidatos são muito atacados na programação normal do
rádio ou da TV, fica praticamente sem tempo para se defender.
Bingo! Entendeu?
Esses 10 minutos são
divididos entre os partidos de acordo com o número de deputados federais
eleitos na última eleição. Em 2014. Aí, conta a coligação, pois se somam os
deputados de todos os seus partidos para calcular esse tempo. Candidato a
prefeito com muitos partidos na coligação tinha um pedaço maior dos 10 minutos.
Acha pouco? Foram
mudadas as regras para o financiamento das campanhas. Os partidos de esquerda
queriam que houvesse apenas financiamento público, o que equilibraria um pouco
mais o que todos poderiam gastar. Foi proibido o financiamento por empresas,
mas foi liberado para pessoas físicas. Isso significa que o candidato mais rico
ou que juntasse mais gente rica na sua campanha poderia gastar muito mais.
Como não houve eleição
em Brasília, eu fui a alguns municípios goianos perto daqui. Posso garantir que
não diminuiu nem um pouco o gasto com as campanhas dos candidatos. Mas partidos
de gente mais pobre apareceram muito menos na campanha, tiveram menos
estrutura, menos material.
Isso tudo ajuda um
pouco a entender o resultado, não é?
Volto em outro artigo
para analisar o que significou a votação de cada partido nesta eleição.
Fernando Tolentino
Enquanto isso... No Sul...
ResponderExcluirA esquerda em Curitiba (no Sul) ficou é discutindo CHEIRO CORPORAL sem banho. Tentando DERRUBAR o GRECA!
Mas Greca ganhou, mesmo assim...
GRECA e o FEDOR
[A Política & a Manipulação pela Linguagem,
em Curitiba. HIPOCRISIA]:
O Cheiro Corporal:
É bom ver o político Greca.
Greca, PMN, é antissentimentalista. Não hipócrita sobre FEDOR. Não se faz de vítima.
GRECA DISSE QUE QUASE VOMITOU AO COLOCAR UM MENDIGO em seu carro. Morador-rua... ¿E daí? Mendigo não FEDE NÃO???
ESSA de GRECA, sobre FEDOR, é medida exata de cara não HIPÓCRITA. Ouvido para diálogo, seu antissentimentalismo/humor sardônico, transformou a paisagem política de Curitiba.
Um ANIMAL fica dias sem banho e não fede. O HUMANO já 1 dia sem banho é um FEDOR danado.
A manifestação de preferência política é livre neste blogue.
ResponderExcluirDaí, alguém pode preferir ficar com a explicação dada depois da repercussão da mancada.
Mas o que disse foi que vomitou com o cheiro do pobre.
https://www.youtube.com/watch?v=feccJlbM310